quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

#Resenha: A Menina Que Roubava Livros

 Título Original: The Book Thief

 Ano: 2007

 Autor(a): Markus Zusak

 Editora: Intrínseca

 Sinopse: Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.


   Sempre ouvi falar o quão espetacular era esse livro, porém nunca me interessei para lê-lo, nem para ver o filme, coisa que ainda tenho que fazer, então poucos livros estão na categoria, jamais ler novamente, na verdade apenas um estava nessa categoria, até terminar de ler a nossa roubadora de livro, pelo simples motivos de que não tenho estrutura para ir até o final.
   A melhor coisa desse livro é a narração, que por sinal é muito bom ver uma nova face da morte, a compaixão pelas almas que deixam esse mundo, quanto a fascinação que a morte tem pela garotinha que escapa das suas mãos uma vez ou outra.
   Na verdade eu demorei um tanto para ler esse livro, porque ele demorou a me pegar, não porque ele é ruim, pelo contrário ele é bom, porém a temática nazista não é algo que me atrai, na verdade acho a época mais triste da história do mundo, onde as pessoas simplesmente eram peças de tabuleiro e não havia escolha, apenas sorte de nascer em um berço aceitado pela sociedade e outro que era marcado para morrer e aquele disposto a qualquer ato favorável ao oposto teria sua devida punição, deveria ser horrível viver nessa agonia, de reprimir e ser obrigado a ser/criar pequenos monstrinhos.
      Quando penso nessa época, sinto conforto por terem derrubado esse pequeno doloroso reinado de Hittle.

Hail Hittle!

   E assim eu vou começar a falar de “A Menina que Roubava Livros”, o que mais me atraiu não foi a protagonistas, mais sim os que viviam ao seu redor, e o primeiro a ganhar meu coração, foi Rudy, o garotinho que queria quebrar os paradigmas e gritar pro mundo que mesmo sendo um garotinho branco como a neve, tinha o desejo de ser aquele negro corredor, que ganhou várias medalhas, chamado Jesse Owens, por diversas vezes, Rudy me deixou com o coração pulando nas mãos em meio caos, isso porque primeiramente achei que ele ia deixa de ser esse garotinho aberto para ser um cidadão modelo Hittlerista, mais não, ele pode até ser obrigado a virar um, porém sua essência continua a mesma de sempre, e para compensar ser obrigado ser uma coisa que ele não quer, decide viver uma vida louca(de uma maneira vingadora ou compensadora, não sei depende do seu ponto de vista) as escondidas com sua pessoa favorita.

Que tal um Beijo, Saumensch?

   Hans, ou papai como preferirem chamar, foi o segundo que encheu meu coração de amor e desespero, simplesmente tinha a impressão que ele iria ser pego a qualquer momento, isso porque Hans era o tipo de pessoa que tinha o coração do tamanho do universo, era corajoso e covarde ao mesmo tempo, e guiou Liesel para entender o que era o bem e conviver com o mal.

E se houver mais ataques, continue lendo no abrigo!

   O mais importante, que me fez sentir como se estivesse em um baquinho de praça ouvindo uma história impressionante, dona morte, nossa narradora, que na verdade tenho que agradecer ao Markus por nos mostra essa nova faceta da morte, eu diria que ela é quase humana, mas compará-la com seres como nós chega a ser uma ofensa, não pense que ela goste de levar as almas, ela apenas não tem escolha, assim como nosso trabalho é viver, o dela é de ceifar vidas, mesmo aquelas que não estavam na hora certa de parti, ela se intriga e é curiosa, numa dessas olhadas ao mundo dos vivos, ela encontrou Liesel, uma menina bastante espertinha que escapou de suas mãos umas pencas de vezes, e uma ótima contadora de história e belos pontos reflexivos.

Provavelmente, é lícito dizer que, em todos os anos do império de Hitler,
nenhuma pessoa pôde servir ao Führer com tanta lealdade quanto eu. O ser
humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao
passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no
lugar certo na hora certa. A conseqüência disso é que estou sempre achando seres
humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me
pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles têm uma coisa que
eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer.

   Juro que Max é meu último personagem favorito nessa história, apesar de gostar de todos, atém mesmo de Rosa que no começo assusta a gente, mas Max, é o sobrevivente dos sobreviventes dessa história, ele era a especie de bicho que Hittle caçava e queria extinguir, aceitava qualquer migalha em troca do amanhã, mais como todo animal, sabe a hora certa de abandonar o barco, em pro dos seus donos, pode ser triste compará-lo com um animal, pasmem infelizmente, as condições o obriga a viver assim.

Era uma vez um homenzinho estranho...
...Mas havia também uma sacudidora de palavras”

   Você deve está se perguntando e a Liesel? Nenhuma palavra? Pra resumi ela é uma garota que entra com o pé esquerdo na vida, de cara perde o irmão, mais tarde compreende que jamais voltará a ver sua mãe biológica, tem que se adaptar a um novo lar, a uma nova família, com o tempo, percebe que tem que medir suas ações, para que as reações não seja catastróficas e vive altas aventuras com seu melhor amigo e vizinho Rudy. Pra resumir ela é sobrevivente de uma época que marcou a história e tem esse presente pra contar, para quem quiser ouvir, no caso ler. Na minha opnião achei Liesel normal, não me cativou, porém normal.


   Minhas considerações finais é que, não sei se me daria bem na trama, porém acho que seria um pouco de Rudy com Hans e Max, mais contaria essa história igual a dona Morte. Meu conselho é muita paciência e calma, não desista se a história fica tediosa, esforce-se para ir até o final, é recompensante. Não leria de novo, mas super indico. É aquela história que todo mundo deveria ler, pelo menos uma vez na vida.  

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